Sei que me deprimo com alguma facilidade. Acho que é de família. Da parte do meu pai as pessoas isolam-se frequentemente, chegando mesmo à loucura ou ao suicídio. O irmão do meu avô tinha uma vida normal. Trabalhava, tinha mulher e filhos. Um dia resolveu trancar-se em casa. Viveu assim durante anos, muitos anos, até ao dia em que o viram passar na rua em direcção ao Sítio, local escolhido por muitas pessoas para porem um ponto final nas suas vidas. Saiu e rumou ao precipício. Abraçando a morte, deixou-se cair.
Era Verão e a praia estava cheia de gente.
Ainda o vi nos braços dos homens de vermelho que são chamados para este tipo de situações. Ainda o vejo a morrer. O que terá pensado ele quando pôs os pés fora de casa depois de tanto tempo? Que força tinha nas pernas que o conduziram à morte? De quem se lembrou ao abandonar-se? Que expressão teria nos olhos? O que terá sentido enquanto voava?
Era Verão e a praia estava cheia de gente.
Ainda o vi nos braços dos homens de vermelho que são chamados para este tipo de situações. Ainda o vejo a morrer. O que terá pensado ele quando pôs os pés fora de casa depois de tanto tempo? Que força tinha nas pernas que o conduziram à morte? De quem se lembrou ao abandonar-se? Que expressão teria nos olhos? O que terá sentido enquanto voava?
1 comentário:
Tás a precisar é de ir ver os SY!!!!Pra cima Mar!
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