Choro ao ver a felicidade dos outros. Ainda não percebi se choro de alegria por vê-los felizes ou se choro por não ter conhecido essa felicidade. As lágrimas correm-me pela cara e atrás delas vêm outras, atropelando-se como se tivessem pressa de saltar dos meus olhos. Continuo a observar os outros que falam, que riem, que se abraçam, que trocam olhares de ternura e cumplicidade. O mundo pertence-lhes.
Às vezes, no meio das pessoas felizes, alcanço outras que também riem mas que têm uma profunda tristeza no olhar. Tristeza de quem partiu, de quem nunca chegou. O vazio. Conheço algumas pessoas assim. Do outro lado, ainda sem ter conseguido impedir que toda aquela água abandone o meu corpo, e apesar da minha miopia, sinto como se me visse ao espelho.
Às vezes, no meio das pessoas felizes, alcanço outras que também riem mas que têm uma profunda tristeza no olhar. Tristeza de quem partiu, de quem nunca chegou. O vazio. Conheço algumas pessoas assim. Do outro lado, ainda sem ter conseguido impedir que toda aquela água abandone o meu corpo, e apesar da minha miopia, sinto como se me visse ao espelho.
2 comentários:
Estava a ler este post e a senti-lo com se tivesse sido escrito por mim, acreditas? Só não choro com a felicidade dos outros, não chego a tanto. Fico é sempre de pé atrás porque felicidade a mais esconde tristezas sofridas fora de olhares indiscretos. Lindo. Parabéns.
Mzinha, com esse texto resumiste o importante. É assim mesmo!
(baixinho) sabes do que falo..
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