Nunca fui bonita nem atraente. Sempre que saía com as minhas amigas para algum lugar, elas brilhavam enquanto eu era somente uma sombra que as acompanhava. Além disso, sempre tive um feitio de merda, o que dificultava ainda mais a minha socialização. Mas não me incomodava. Estava rodeada de pessoas que gostavam de mim e que me respeitavam. Uma dessas amigas costumava olhar-me nos olhos, antes de sairmos, e pedia-me: Se me portar mal, avisa-me! Eu sorria e dizia-lhe que sim, apesar de mais nova e de achar que não tinha qualquer legitimidade para o fazer.
Um dia, no meio de luzes coloridas e sons agressivos, apareceste tu e escolheste-me. Escolheste-me a mim. Ainda olhei ao meu redor e apontei na minha direcção, enquanto esboçava um sorriso infantil. Acenaste com a cabeça e retribuíste o sorriso. Tinhas-me escolhido e eu decidi escolher-te. Acho que nos reconhecemos. Ainda somos a escolha que fizemos.
Um dia, no meio de luzes coloridas e sons agressivos, apareceste tu e escolheste-me. Escolheste-me a mim. Ainda olhei ao meu redor e apontei na minha direcção, enquanto esboçava um sorriso infantil. Acenaste com a cabeça e retribuíste o sorriso. Tinhas-me escolhido e eu decidi escolher-te. Acho que nos reconhecemos. Ainda somos a escolha que fizemos.